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quinta-feira, 28 de março de 2013

Um RH arcaico.



Tenho 57 anos e alguma "experiência", algumas delas muito boas e outras nem tanto, mas me surpreende o vocabulário e o modo de se apresentar uma empresa ao mercado de trabalho, buscando profissionais. Todos nós sabemos do estrito profissionalismo e da frequente especialização aos mínimos detalhes no mundo profissional. Mas vejam e analisem o que o mercado requer, difícil? Não, simples até, mas será que sobreviverão ao primeiro, segundo impacto econômico desfavorável? Uma baixa nas vendas, uma alteração de preços na matéria prima, uma sacudidela na economia mundial. Será que possuem profissionais experientes e competentes para efetuar as modificações e mudanças necessárias? A experiência de mudar,transformar, adequar e superar sem o impacto no número de funcionários? Talvez não.
Sei que este ou qualquer comentário não tem o poder de quebrar preconceitos, acabar com discriminações ou mudar sistemas ultrapassados de gestão de RH. Tudo o que posso fazer é pedir, implorar as empresas que adotam um número qualquer de anos como “idade limite para contratação” que admita estar enganada. Dê uma oportunidade para aquele que já passou da idade imposta por manuais de contratação arcaicos, dê uma oportunidade ao experiente, dê-lhe metas, trate-o como aos demais, tanto nas cobranças como nos reconhecimentos e louros. Tenho certeza que o mundo terá agradáveis surpresas ao perceber e reconhecer o valor do resultado desta alquimia que funde a impulsividade e o vigor do jovem com a maturidade e a experiência do dito “idoso”. Isto é resgatar a autoestima, a alegria, o sentir-se útil e torná-los cidadãos outra vez. Muitos no mundo, principalmente na Europa, já perceberam esta oportunidade de gestão humanizada e que gera segurança administrativa, pois mantém e recicla os pensantes de uma empresa. Vejam o exemplo dos asiáticos, possuem dois pilares importantes, o primeiro é a valorização da educação da pré-escola ao segundo grau, onde os professores deste nível escolástico são os mais bem pagos da carreira, pois consideram que esta educação, que é a da formação, é a mais importante; o segundo é a valorização dos chamados “idosos”, que são respeitados e sempre homenageados em seus trabalhos, são a memória viva do desenvolvimento da empresa. Acho que deveríamos repensar os nossos conceitos organizacionais e principalmente os tais princípios arcaicos da “Reengenharia”. 

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